"Crença é uma verdade aceita por sua mente. Fé é o fogo mantido em seu coração." Joseph Newton

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA IV

Hoje terminaremos de ver as Fases do Pré-Tratamento e revisaremos cada uma delas e suas principais características para que no próximo artigo adentremos o Tratamento propriamente dito.
A Fase da Prontidão para o Tratamento: é quando o dependente químico vê neste a única opção. Reconhece a necessidade de mudança e que ‘sozinho não consegue parar’. Ainda assim é possível a busca por um certo alívio e não o tratamento propriamente dito. ‘Por isso é recomendável que se faça um certo teste na entrevista preparatória, mostrando as dificuldades que o candidato à internação irá passar, para sentir a sua disposição’.
Concluindo as Fases do Pré-Tratamento relembremos cada uma delas e sua principal característica:
Negação o usuário não admite que é viciado. E diz: “Eu não sou viciado e paro quando quero”! Ou: “Eu só bebo socialmente”! ;
Ambivalência é a fase do ‘assume não assumindo’ do ‘eu sou, mas não sou’. Só admite que é quando o bicho está pegando, depois quando as coisas ficam favoráveis já não admite mais.
Motivação extrínseca caracteriza-se essencialmente pelo fato do usuário não estar no tratamento por vontade própria. Ele fala: ‘(alguém) me internou’ é a Fase ‘dos outros é que me complicam a vida’.
Motivação intrínseca é marcada pela “aceitação do uso de drogas e seus problemas associados, e um desejo de mudança baseado em razões internas positivas e negativas”.
Prontidão para mudanças é caracterizada por tentativas ‘menores’ para se abster das drogas. (Baseado em palestra do Prof. Rolf Roberto Krüger)
Continua semana que vem dia 06/11...
Busca ajuda? Participe do Grupo de Apoio “AMAR A VIDA”! Reuniões todas as quintas-feiras às 20hs, rua Rui Barbosa, Nº 1035E, (Casa de Oração) entre as ruas 7 de Setembro e Guaporé, bairro Presidente Médice.

Fábio Marzarotto
marzarotto@gmail.com

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Intervenção religiosa na recuperação de dependentes de drogas

Estudo analisou o impacto de intervenções religiosas na recuperação da dependência de drogas.

A religiosidade, definida como freqüentar uma igreja regularmente e praticar seus preceitos, tem sido apontada como fator de proteção para o consumo abusivo de álcool e uso de outras drogas. Estudos quantitativos epidemiológicos associam a religiosidade a menor consumo de drogas e a melhores índices de recuperação para pacientes em tratamento médico para dependência de drogas .

O presente estudo utilizou metodologia qualitativa e exploratória e foi realizado em São Paulo, SP, em 2004 e 2005. Foram conduzidas 85 entrevistas em profundidade com ex-usuários de drogas que haviam utilizado recursos religiosos não-médicos para tratar a dependência de drogas e estavam abstinentes há pelo menos seis meses. Os grupos religiosos analisados foram católicos, evangélicos e espíritas. As entrevistas continham questões sobre dados sociodemográficos, religiosidade do entrevistado, história do consumo de drogas, tratamentos médicos para dependência de drogas, tratamento religioso e prevenção ao consumo de drogas pela religião.

Os resultados mostram que houve diferenças no suporte ao dependente de drogas em cada grupo. Os evangélicos foram os que mais utilizaram a religião como forma exclusiva de tratamento, apresentando repulsa ao papel do médico e a qualquer tipo de tratamento farmacológico. Os espíritas foram os que buscaram mais apoio terapêutico à dependência de álcool, simultaneamente ao tratamento convencional, justificado pelo maior poder aquisitivo.

Os católicos utilizaram mais a terapêutica religiosa exclusiva, mas relataram menos repulsa a um possível tratamento médico. A importância dada à oração como método ansiolítico era comum entre os três tratamentos. A confissão e o perdão – por meio da conversão (fé) ou das penitências, respectivamente para evangélicos e católicos – exercem apelo à reestruturação da vida e aumento da auto-estima.
Os autores concluíram que de acordo com o relato dos entrevistados, o que os manteve na abstinência do consumo de drogas foi mais do que a fé religiosa. Contribuíram para isso o suporte, a pressão positiva e o acolhimento recebido no grupo, e a oferta de reestruturação da vida com o apoio incondicional dos líderes religiosos.

Para ler o texto na íntegra acesse http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102008000200011&lng=en&nrm=iso

Autor: Zila van der Meer Sanchez/Solange Aparecida Nappo

Fonte: Revista Saúde Pública

CAMPANHA AMAR A VIDA É...

A Associação Missionária Assistencial Reabilitando a Vida – AMAR A VIDA lançou no dia 08 de outubro de 2008 a Campanha “AMAR A VIDA É...”. Que tem por objetivo estabelecer um programa permanente de promoção de saúde e prevenção ao uso de drogas, divulgar o Grupo de Apoio a usuários de drogas e familiares, bem como captar recursos para a estruturação do Projeto “AMAR A VIDA”.
Inicialmente a campanha consiste na abordagem de pessoas visando sua conscientização contra o uso de drogas e a venda de seis modelos de adesivos ao preço de R$ 2,00 cada, que foram confeccionados com o apoio de duas empresas e uma fundação com as seguintes frases: AMAR A VIDA É..., ABRAÇAR; COMPARTILHAR; CONHECER DEUS; INCENTIVAR; PROTEGER; SORRIR. Serão realizadas ainda declamações de poesias contras as drogas em escolas públicas, particulares, faculdades e universidade, além de outras atividades.
Os recursos captados com essa campanha serão investidos no treinamento de pessoal e estruturação de uma Comunidade Terapêutica para adolescentes. A prestação de contas será efetuada de forma transparente na internet pelo endereço www.amaravidae.blogspot.com. Quem quiser colaborar financeiramente com o Projeto AMAR A VIDA pode fazer mediante depósito na Caixa Econômica Federal, Ag. 1896, op. 003, conta 1712-4 ou de outra forma pelo fone 9914-4081 com Fábio.
Quer auxilio para sair das drogas? Participe do Grupo de Apoio “AMAR A VIDA”! Reuniões todas as quintas-feiras às 20hs, rua Rui Barbosa, Nº 1035E, (Casa de Oração) entre as ruas 7 de Setembro e Guaporé, bairro Presidente Médice.


TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA III

Dando continuidade ao detalhamento das Fases do Pré-Tratamento que foram citadas no dia 09/10 veremos hoje as fases da Motivação Extrínseca, Motivação Intrínseca e Prontidão para Mudanças.
A fase da Motivação extrínseca: admitem algumas coisas com relação ao vício, porém coloca a culpa em fatores externos. Muitos chegam à internação quando estão colhendo as conseqüências dessa fase. Essa precária motivação se caracteriza essencialmente pelo fato do residente não estar no tratamento por vontade própria. Muitas vezes expressa verbalmente com ‘(alguém) me internou’ é a Fase ‘dos outros é que me complicam a vida’.
A Fase da Motivação Intrínseca: é marcada pela “aceitação do uso de drogas e seus problemas associados, e um desejo expressado de mudança baseado em razões internas positivas e negativas”.
• Positivas se refletem em termos de auto-eficácia: possibilidades e desejos por um estilo novo de vida, alcançar coisas boas, vontade de crescer pessoalmente e melhorar os relacionamentos familiares e sociais.
• Negativas se refletem em termos de auto-reprovação: desejo de eliminar sentimentos de culpa, ódio próprio, desespero pessoal, devido suas feridas próprias ou fracasso próprio e/ou com outros.
A Fase da Prontidão para Mudanças: é a ação pró-ativa. É caracterizada por tentativas ‘menores’ para se abster, entre elas as mudanças (geográfica, religião, emprego, relacionamentos) e curtas inserções em internações/tratamentos. Nessa fase ainda não aceita o tratamento como sendo necessário. (Baseado em palestra do Prof. Rolf Roberto Krüger)
Continua semana que vem dia 30/10...
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Fábio Marzarotto
marzarotto@gmail.com

domingo, 19 de outubro de 2008

TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA II

TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA


As fases do Tratamento que vimos semana passada e que veremos a partir de hoje mais detalhadamente desenvolvem-se de forma bastante particular na vida de cada dependente químico, sendo assim, o tempo de cada uma varia de pessoa para pessoa.
A Fase de Negação: (especialmente em alcoólicos) parece ser a mais longa devido a não admissão do problema, pelo usuário, apesar das evidências serem claras. A mentira “passa a ser o ‘pecado’ predileto, ela é a principal arma de defesa e é aperfeiçoada de forma muito rápida. Tanto para negar que usa alguma SPA (substância psicoativa) como para negar que o seu consumo é problema para si e/ou para os outros”. Nessa fase o dependente quando é confrontado com o problema diz: “Eu não sou viciado e paro quando quero”! Ou no caso do alcoólico: “Eu só bebo socialmente”! Obviamente que todos sabemos que as coisas não são bem assim como eles dizem.
A Fase da Ambivalência: mostra-se pela evidência de algum reconhecimento do problema, especialmente em horas críticas (ressaca), porém retrocede quando a situação melhora. O “reconhecimento categórico do problema somente ocorre a partir do momento em que a gangorra dos benefícios versus custos estiver contra o consumo da substância”. É a fase do ‘assume não assumindo’ do ‘eu sou, mas não sou’. Só admite que é quando o “bicho está pegando” depois quando as coisas ficam favoráveis já não admite mais. (Baseado em palestra do Prof. Rolf Roberto Krüger)
Continua semana que vem dia 23/10...
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Fábio Marzarotto
marzarotto@gmail.com

TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA I

TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA


Para falar de tratamento é necessário saber um pouco mais sobre Alcoolismo Crônico e Dependência Química. Como surgiram? São recentes na história da humanidade. O álcool passou das bebidas fermentadas para as destiladas. Na antiguidade só os Reis e os ricos é que tinham condição financeira de fabricar para si de forma artesanal bebidas alcoólicas como o vinho. O restante da população só bebia em ocasiões especiais como casamentos, por exemplo. Não estavam disponíveis como hoje, pois os custos eram altos.
Só com o surgimento da industria é que as bebidas alcoólicas passaram a ser produzidas em larga escala, por conseqüência seus preços se tornaram acessíveis. O que levou seu uso de esporádico para diário. A expressão “alcoolismo” surge no ano de 1795, “alcoolismo crônico” em 1851, e o conceito de doença só surge em 1941.
Portando falar de tratamento é algo novo. Um tratamento para uma doença deve estar baseado na cura da pessoa ou fazer com que ela estacione que é o caso da dependência. Jamais devemos abordar um tratamento na tentativa de reduzir ou somente amenizar o sofrimento do paciente. É necessário saber onde se quer chegar.
O Tratamento é dividido em dois, Pré-Tratamento e Tratamento. O Pré-Tratamento é subdividido em seis fases na seguinte ordem: Negação; Ambivalência; Motivação extrínseca; Motivação intrínseca; Prontidão para mudanças; Prontidão para o tratamento. Já o Tratamento é subdividido em quatro: Desintoxicação; Abstinência; Continuidade; Mudança de Identidade e Integridade. (Baseado em palestra do Prof. Rolf Roberto Krüger)
Continua 16/10...
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Fábio Marzarotto
marzarotto@gmail.com

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

CRACK

Semana passada a TV Globo exibiu uma série de reportagens sobre o Crack, a qual deu o nome de “Epidemia do Crack”. O que me deixou pasmo foi o fato de o Ministério da Saúde dizer que não existe epidemia. Basta ter olhos e ouvidos para ver, ler e ouvir todos os dias na mídia, apreensões, famílias sofrendo e crimes sendo cometidos, por causa do Crack, em todas as regiões do País. Aonde chegaremos negando algo que esta acontecendo? Porque tal série de reportagens só foi exibida no horário em que poucas pessoas assistem depois das 24hs? Por que não no horário nobre?

O Crack é o lixo da cocaína, é vendido na forma de pequenas pedras, que se volatilizam quando aquecidas. Inalado ou fumado em cachimbos, é absorvido imediatamente pelos vasos sangüíneos. Estimula o cérebro e provoca euforia e sensação de onipotência. Há dilatação da pupila, aumento da percepção, do ritmo da respiração e dos batimentos cardíacos.

Os efeitos trazem irritabilidade, delírios, alucinações, aumento de temperatura e pressão arterial, convulsões, problemas respiratórios e cardíacos. Também ocasiona perda de peso, problemas com a visão e dificuldade para dormir. Com o aumento das doses, começam a aparecer sinais de irritabilidade, agressividade, "visões” (alucinações) e delírios, levando à toxicomania. Pode ainda produzir dilatação das pupilas, taquicardia, degeneração muscular, ansiedade, pânico, pensamentos paranóicos, agressividade, irritabilidade, crises convulsivas podendo ocorrer morte por overdose. A cocaína é uma droga reforçadora dos seus próprios efeitos. Isto quer dizer que desaparecido o efeito inicial, o usuário é fortemente tentado a continuar o seu uso, empregando nova dose.

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Fábio Marzarotto

marzarotto@gmail.com

Prestação de Contas Notas e Recibos 09/2008








DESTINO FINAL