"Crença é uma verdade aceita por sua mente. Fé é o fogo mantido em seu coração." Joseph Newton

segunda-feira, 6 de abril de 2009

FORMAS DE PREVENÇÃO

Antes de tudo, é necessário se discutir as diferenças entre os níveis de prevenção. A prevenção primária é a que age mais cedo, pois está no sistema de educação para a saúde. Neste nível, a prevenção pretende intervir antes que surja algum problema, ou seja, é um conjunto de medidas que deve estar na educação. Para tanto, é necessário que seja aplicada a crianças de maneira prazerosa, criativa e educativa, deve estar inserida dentro de um contexto mais amplo de educação para a saúde, deve se apoiar nos educadores naturais (pais e professores). No caso dos jovens, deve enfatizar medidas de conscientização e sensibilização quanto aos problemas da infância e da adolescência, em seus aspectos físicos e culturais. Com os adultos, a prevenção primária fornece conhecimentos básicos para provocar e favorecer uma reflexão maior sobre os problemas abordados.
A prevenção secundária quando aplicada às drogas, deve ser entendida como um prolongamento da prevenção primária, quando esta não alcançou os efeitos necessários. O nível secundário de prevenção acontece quando a pessoa está em dificuldades que a levam a pensar em consumir a droga ou já está consumindo a droga por simples curiosidade ou de maneira não contínua. Neste caso, a pessoa ainda não é um dependente, mas o risco de se tornar um é cada vez maior. Os métodos de abordagem devem ser tanto uma comunicação mais dirigida e específica para aprofundar o diálogo quanto conhecer (e fazer a pessoa conhecer) mais profundamente a droga utilizada, seus efeitos e problemas.
No terceiro nível de prevenção, os métodos se confundem com o tratamento ou a reabilitação. Aplicada às drogas, este nível tem o objetivo essencial de evitar a recaída, para reintegrar a pessoa à sociedade. Este tipo de prevenção atua antes, durante e depois do tratamento. Antes do tratamento, deve ajudar o indivíduo dependente a pedir ajuda, ou seja, convencê-lo a iniciar o tratamento e se conscientizar de que seu problema não pode ser resolvido só por ele mesmo. Durante o tratamento, a prevenção age evitando que o processo terapêutico ou de ajuda seja interrompido, ao mesmo tempo que tenta desdramatizar a situação, sem minimizá-la. Após o tratamento e após o abandono das drogas, a prevenção deve ajudar o indivíduo a se reintegrar socialmente, evitando recaídas.
Resumidamente, pode-se caracterizar a prevenção primária como evitar o uso experimental; a secundária como diminuir o uso regular e evitar o uso abusivo e a terciária como o tratamento e a reabilitação do usuário de drogas. Para realizar as suas tarefas, a prevenção precisa, necessariamente, possuir, em todas suas etapas, um bom conhecimento da população-alvo, atingir múltiplos sistemas, agir sempre de forma contínua e permanente, informar para quebrar mitos e envolver as lideranças.

Os principais benefícios de um programa de prevenção de drogas para adultos bem realizado são:

Prevenção do abuso de drogas;
Aumento de renda;
Redução do comportamento criminoso;
Encurtamento do tempo de desemprego;
Diminuição do abuso infantil ou negligência;
Decréscimo da taxa de uso dos serviços de saúde;
Redução da necessidade da Previdência Social.

DESTINO FINAL